.:: O peso do tempo ::.
Dei por mim a comparar as relações de amizade que por algum motivo são interrompidas com aquela esquisita [esquisita é mesmo o termo que quero usar] sensação que temos quando voltamos a um lugar cuja ultima vez que lá estivemos ainda andávamos ao colo. É aquele olhar de maneira diferente para o que é igual mas que, no fundo, já nem sequer igual é. Não que algo tenha mudado, porque, na realidade, quem mudou fomos nós. Crescemos. Vou tentar ser mais concreto. Falo daquela sensação de, por exemplo, ir à casa antiga da avó que antes tinha, nas traseiras, uma floresta com montanhas e vales e, passados 20 ou 30 anos, quando lá se volta é, apenas, um pequeno quintal com uma laranjeira e 2 ou 3 pequenos amontoados de palha. Não que antes essa mesma laranjeira e os montes de palha não fossem suficientes para nos preencherem nas brincadeiras. Nada disso. O quintal era perfeito, na altura. O que quero realmente falar é, acima de tudo, daquele triste momento em que nos apercebemos que a magia se ...