Página 31 - «Um segredo para um casamento feliz»
Montei-me na cama e nas minhas almofadas que já foram nossas.
Peguei no livro que me deste.
Estava deliciado e apaixonado pelas cruéis torturas ali contadas. Ele, o livro, falava do cancro com a mesma leveza que falava de amor. Mas nem só disto falava ele...
Fui lendo e sofrendo com as palavras sabendo sempre que, algures nas mais de 240 páginas de histórias me iria lembrar de ti porque ele iria escrever sobre nós. Eu sabia que ele iria escrever sobre nós mesmo que não soubesse. E eu - lá está - adoro estar certo, tão certo como o amor dele pela Maria João.
Às páginas tantas, começa por falar de casamento e prende-me a atenção.
Leio cada palavra, entre risos e lágrimas presas à demasiado tempo e, enquanto as afasto da cara, soube de imediato que aquele seria o «nosso» primeiro texto, daquele meu primeiro livro.
Pelos menos para mim, aquele era o primeiro texto em que ele falava de nós.
O texto, num português simples e corrido, falava do que era para ele um casamento feliz. Ele falava de nós.
Não me quis esquecer das palavras dele.
Quis tê-las mais tarde sem grande dificuldade para as encontrar.
Quis, na verdade, guarda-las comigo.
Quis marcar a página 31.
E é quando ganho a coragem para marcar um livro que não é meu dobrando a ponta da página, quase retratando o efeito vincado que as palavras dele sobre nós tiveram em mim que... vejo o óbvio. A página já estava dobrada por Ti. Foste a primeira a dobra-la.
Foste a primeira a sentir aquelas palavras e já aí sabias que eram nossas, muito antes de eu as conhecer.
Marcaste a página para ti.
Marcaste a página para mim.
Sorri, chorei.
Peguei no livro que me deste.
Estava deliciado e apaixonado pelas cruéis torturas ali contadas. Ele, o livro, falava do cancro com a mesma leveza que falava de amor. Mas nem só disto falava ele...
Fui lendo e sofrendo com as palavras sabendo sempre que, algures nas mais de 240 páginas de histórias me iria lembrar de ti porque ele iria escrever sobre nós. Eu sabia que ele iria escrever sobre nós mesmo que não soubesse. E eu - lá está - adoro estar certo, tão certo como o amor dele pela Maria João.
Às páginas tantas, começa por falar de casamento e prende-me a atenção.
Leio cada palavra, entre risos e lágrimas presas à demasiado tempo e, enquanto as afasto da cara, soube de imediato que aquele seria o «nosso» primeiro texto, daquele meu primeiro livro.
Pelos menos para mim, aquele era o primeiro texto em que ele falava de nós.
O texto, num português simples e corrido, falava do que era para ele um casamento feliz. Ele falava de nós.
Não me quis esquecer das palavras dele.
Quis tê-las mais tarde sem grande dificuldade para as encontrar.
Quis, na verdade, guarda-las comigo.
Quis marcar a página 31.
E é quando ganho a coragem para marcar um livro que não é meu dobrando a ponta da página, quase retratando o efeito vincado que as palavras dele sobre nós tiveram em mim que... vejo o óbvio. A página já estava dobrada por Ti. Foste a primeira a dobra-la.
Foste a primeira a sentir aquelas palavras e já aí sabias que eram nossas, muito antes de eu as conhecer.
Marcaste a página para ti.
Marcaste a página para mim.
Sorri, chorei.
Comentários
Enviar um comentário