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A mostrar mensagens de setembro, 2011
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Corredor da vida

Passa pouco tempo das 10 horas da manhã e ando perdido em trabalho. Toca o telefone e atendo. - "Tiago... é a mãe. Podes falar?" - "Estou cheio de trabalho mas diz..." - "Escuta-me com atenção e mantém-te calmo." - "Diz-me lá o que se passa", digo, já com a voz a roçar a impaciência. - "Olha... o pai sentiu-se mal, está no Hospital e ficou internado de urg..." Interrompo logo: "Mas está bem? Como está? Qual é o Hospital?" - "Tem calma", diz-me com a voz nervosa, sem conseguir disfarçar. Do meu lado ouve silêncio. Não consigo dizer nada. Tão estranho é sentir que, num momento, sabemos onde estamos, para onde vamos e temos a inevitável certeza de que tudo nos vai correr bem e noutro momento, sem bem saber como ou porquê, não sabemos onde estamos nem para onde vamos. Aí... tudo o que somos se esfuma. Fiquei vazio. Fiquei cego, surdo, imóvel de tanto medo. Do outro lado do telefone oiço a minha mãe dizer-me: -