.:: Do Paço's World ::.

Nos filmes românticos (ou nas grandes histórias do Nicholas Sparks , e, mesmo assim, só naquelas em que as personagens acabam juntas e felizes para sempre) o fim acaba quase sempre com o casamento dos protagonistas que, após 1001 desencontros ao longo do filme, conseguem pôr termo ás diferenças e dão o "sim" final. Depois do tal "sim" (e, claro está... do beijinho) a única coisa que vamos conseguir ver a seguir... são os créditos. Não conheço nenhum filme que comece com o casamento, com o beijinho inicial. O que me leva a perguntar: "E depois? Como é que ficam? Durará para sempre? As diferenças que tanto se fizeram notar ao longo do filme, como ficam?" "Eles adaptam-se", penso. Hum ... Será? Será que temos a capacidade de nos adaptar durante uma vida inteira? (poderia pensar que tinham a capacidade de mudar enquanto pessoas, mas como não acredito que as pessoas mudem... fico-me pelo adaptar). O meu pensamento continua, e as perguntas sucedem-se:

Ando com os pensamentos bloqueados... Mas adoro o video Deixar-me levar por um filme (logo.. algo que não é real) que retrata alguém que também se deixa levar por algo que não é real... Dá que pensar..

Vi algures: Ela: "Achas que estou apaixonada pelo João? Ele tem tudo. Gosta do que eu gosto, dos mesmo filmes, musicas, comidas... Tem mesmo tudo o que eu quero para mim!" Ele: "Não é suficiente. O verdadeiro amor tem três perguntas fulcrais..." Ela: "Hum... E quais são?" 1 Ele: "Imaginas-te a ter filhos com o João?" Ela: "Claro que sim, adorava! Era perfeito!!" - diz toda entusiasmada. 2 Ele: " Imaginas-te ficar com ele noites a fio á lareira apenas a conversar e a partilhar histórias?" (Cada vez mais entusiasmada responde...) Ela: "Sem dúvida!!! Ele é o homem perfeito para isso!!!" 3 Ele: "Estou a ver... e Imaginas-te num quarto com o João, todos nus , a dividir uma taça de chantili com morangos?" (Perde todo o entusiasmo...) Ela: " Não...." Ele: "Então não estás apaixonada por ele. Queres estar... mas não estás." Ela: "Não digas isso... Tu não sabes tudo!!! É claro que estou

Para o meu primeiro post decidi escolher um texto que foi escrito por mim á uns tempos. Chama-se: "Era tudo mais fácil" "Em criança é tudo mais fácil. Sem sequer saber como, conseguíamos definir os limites de tudo em todas as situações. Por exemplo, fazíamos questão de fazer “a” lista dos “melhores amigos” e essa lista era sempre, mas sempre, hierárquica. Nas festas de anos, acabava sempre por haver aquele amigo que tinha de se sentar ao nosso lado, isto porque, num qualquer dia de aulas anterior tínhamos feito a tal lista e ele tinha ficado honrosamente em primeiro lugar! Era tudo muito mais fácil de ser estabelecido. Lembro-me, também, que era regra de ouro sermos eternos rivais da turma do lado ou da tarde e, em casos extremos, não podia haver sequer dialogo. Era assim que estava definido e não havia dúvidas. Com “queres ser meu amigo?” ou “já não sou teu amigo” ou ainda “já não gosto mais de ti” (entre muitos outros) conseguíamos definir todo o tipo de sentimentos q