Bairro Alto ... (da Ironia)

(Está a sorrir há tempo demais... E quem está com ele entende-o na perfeição)

"Queria propor um brinde!"

(E levanta-se do bar.. Para o topo das escadas... Todos olham, com os amigos a verem. Prossegue...)

"Um brinde de copo meio cheio...

Quero propor um brinde aos "mais-ou-menos", 
Aos meios-dias... 
...E aos que "comem-6-vezes-por-dia"!

Aos medianos e remediados!

Aos programas culturais de domingo!!
E a todo o banal de que (ainda) me vou rindo!

Um brinde aos que não sabem sentir mais que o dia-a-dia!
Aos que não sabem querer... Como eu queria!

Um brinde a todos os normais!!
Um brinde aos meninos dos dias todos iguais!

Um brinde a todos aqueles que o seguro é o correcto!
Um brinde a todos aqueles que o vazio é o completo!

Que não se brinde à loucura,
Que não se brinde à dança, ao riso e... Ao beijo.
Esse doce motor que vai matando o desejo.

Um brinde às flores que nunca brotam!
E às pessoas que vertem lágrimas, mas que nunca choram!

Um brinde a todas as meninas e a todos os "mal-me-queres"
Um brinde às poucas meninas que souberam ser mulheres!

Um brinde ao seguro e à decisão do alheio
Porque de fracos brindes já está o mundo cheio!

Um brinde aos fracos mas bonzinhos,
Que estão acompanhados por medo de ficarem sozinhos.

Então brindemos, mas devagar
Não vá isto descambar.

Brindemos a vocês, pessoas comuns!

 ...

Porque não sou só isso. Eu não sou só humano.
Sou letra cantada, numa melodia de piano!"
 

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