Porque também sou isto.



Folheio o caderno de rascunhos e paro numa data recente. Leio-me:

«O que é que nos aconteceu? Onde é que nos perdemos, amor?
Quando é que tu deixaste de ser tu e eu passei a ser cada vez menos em ti?
Onde é que nos esquecemos do que somos e seremos sempre?

Como é que aprendemos a viver um sem o outro?
Como é que nos habituamos ao escuro em que nos encontramos?

Tu eras o meu amor bonito, puro e romântico.
Hoje és o meu maior amor e a minha maior angustia.

Ninguém sabe como gosto de sofrer-te, de lembrar-te em mim desta maneira.
E que ninguém me condene por ainda te querer em mim.
Tu és em mim o meu estado mais puro.
Estás mais quente em mim e a dor é maior. É mais viva, mais intensa, firme e convicta. Não vais sair de mim tão cedo.

Respiro.
Sento-me à janela e olho para o mundo lá fora.
Sabes tão pouco de mim...
Sabes tão pouco de mim...»

Comentários

  1. Todos nós temos um bocadinho disso.
    Com toda a minha amizade, aquele abraço que nunca aconteceu, que entende cada suspiro/cada palavra/cada pensamento. :) xoxox

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

The Power of Words

Bom dia à lá «di bo»