A frase perfeita de ti.
Prometi-me que não te escreveria mais do que uma última vez. Falhei. Falhei como no Passado, falhei como sempre.
Mas aguças-me a vontade de soltar as palavras que me prendem os berros da incompreensão total do meu e teu - tão nosso - Passado.
Para te dizer que encontrei a frase perfeita que te define enquanto pessoa e que, consequência disso, definiu a nossa história e o meu amor por ti. Vê lá se conheces:
«O que disse ontem pode não ser o que digo hoje e o que digo hoje pode não ser o que direi amanhã.»
«O que disse ontem pode não ser o que digo hoje e o que digo hoje pode não ser o que direi amanhã.»
De certo que te revês nela. Foi escrita por ti, para ti e sobre ti. Incrível. Incrível é esse teu "ser tudo" e "ser nada" que me faz odiar-te e amar-te enquanto enlouqueço.
Não sei o que esta frase me fará. Se rir-me de ti, se amar-te ainda mais.
Este é o penúltimo post deste blogue. Foi escrito a quente, quando não era suposto.
O tudo e o nada são, para mim, igualmente inexistentes, tanto não é palpável o tudo como o nada, são duas medidas da mesma realidade. Tocam-se e confundem-se. O tudo é muitas vezes nada, nada em particular, nada que se conte ou explique ou enumere até ao fim, o nada, desde que se fala nele ganha corpo e existência. Há nadas cheios de tudo e tudos repletos de pequenos nadas. É por isso, acho eu, que muitas vezes, quando se tocam, se baralham e nos confundem, e percebemos que odiamos amar tanto. E não há nada que possamos fazer e é, ainda assim, tudo para nós, tudo em nós. Porque o Amor é tudo e na verdade não é nada.
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