Rascunhos, once again.

[Eram duas línguas diferentes mas tão sinónimas que doía. A língua escrita estava num português perfeito, desenhada e pensada em doces pedaços de coisas reais. A ouvida era cantada num inglês triste e apaixonado. Tão sinónimos]

E a dança continua, miúda. Continuamos nestes passos arritmados de dança sádica e perigosa. Meio passo para a frente, dois passos para trás, em que a sensação que dá é a de que as as nossas mãos ficarão sempre demasiado quentes para se tocarem por se darem tanto uma à outra.

A dança que não pára e não espera, troca-me as voltas aos pensamentos. É a sensação de sentir os teus pés avançarem para mim com as mesma dedicação e vontade que os teus braços me fogem e afastam. E enquanto tudo à nossa volta arde dançamos com sabor à agua salgada do mar - tão igual às lágrimas que não chegaram a cair.

E é assim que nos vejo dançar, nesta falta de sexo que nos faria dançar ao ritmo do que queremos sentir.
É assim que vou gostando de ti, que me tento mostrar a ti mesmo quando me afastas. É no respirar entre compassos disléxicos que tento encontrar equilibro para não cair.
Só não sei o que queres de mim.

- Fiz a pausa e dei-te os «bons dias» -

A música acaba-se nos meus ouvidos. Fico eu, a escrita e o que penso dela. Sinto-me nítido na confusão de palavras que me oiço a pensar.
Só queria saber dizer-te, mas com bonitas palavras:

Sai dessa zona de conforto, tão tua e tão profunda. Poderás sempre confiar no que te diz a minha paixão por ti.
Fecha os olhos e lança-te de costas que eu saberei amparar-te a queda.
Sei querer-te imperfeita, insegura e frágil.
Se for isso que queres, confia nos meus braços em ti.
Confia na minha boca na tua.

Se não for isto que queres, se não for real, saberei dar-te o tempo e espaço que tanto dizes precisar.

Reforço,
Só não sei o que queres de mim.

Sei que te gosto nos dias bons.
Sei que te adoro nos dias maus.

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