« (...) meu amor que me deu a sorte de gostar de ser amada por mim (...)»

«Amada Minha.

É especial o aniversário de quem já poderia ter morrido, se as probabilidades fossem certezas. Aniversário nem é a palavra certa, porque pode estar associada à morte. Fazer anos pode ser mau português e pouco lógico mas está mais perto da vida e do sujeito da oração (em ambos os sentidos da palavra, não sei qual o mais intenso) do que aniversário.

Hoje é a Maria João, meu amor que me deu a sorte de gostar de ser amada por mim - e a ilusão, mais frequente do que a felicidade, de amar-me também - que faz anos, coincidindo com o dia em que nasceu, sempre o primeiro verdadeiro dia de Verão.

Parabéns, Maria João, Amada minha, rainha das minhas maiúsculas e das paciências do PÚBLICO; princesa de todos os pequenos momentos que se juntam para fazer a minha felicidade permanentemente instantânea e ameaçada.
Pensava que ias morrer e matar-me. Não só não morreste como me deixaste viver. O teu amor é a Primavera constante do meu coração mas a tua vida e o teu viver, como se não houvesse nada que te pudesse atrapalhar - tão longe da sobrevivência que inexplicavelmente é - é o ano inteiro, desde que nasci, desde a primeira vez que respirei o ar do mundo. E vivi. Facilmente. À tua espera. À espera da tua dificuldade. E do teu génio. E do teu espírito. E de tudo o que tens, sem saber, sem mostrar, sem fazer ideia do que vales, achando apenas que vales muito mais do que mereces. Merecendo, como tu mereces, tudo. Ó amada que eu amo, minha única sorte »

Por (naturalmente) Miguel Esteves Cardoso, in PÚBLICO 27/06/2014

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Este é o meu tipo de Amor. Há outros, sob várias formas de estar, ser e mostrar. Mas este tipo de Amor sou eu, com letra maiúscula na palavra importante. É o Amor dos detalhes infindáveis que tento dar conta. É Amar com uma alma e meia e achar não ser suficiente para tudo o que sentimos.
Deveria, talvez, inventar-se uma língua para o Amor. O Amorês. Porque não?! É de loucos?!
Claro que é. Amar assim só os loucos sabem, só os loucos sentem.
Que seja eu um louco a vida toda pois é na sanidade da loucura que está o prazer de gostar, o gostar de gostar.



Eu gosto de gostar dela. Quando ela não está comigo sou mais difícil de existir.
Amo com os olhos, com as mãos e vejo-a em mim sempre que me oiço a pensar... 

Sinto-me dela pois ela é em mim em tudo o faço, em tudo o que sou.
Ela é a minha queda-livre.

Espero que, como a Maria João, ela goste de ser amada por mim porque eu amo gostar dela assim!





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