Death & Joy - Helped by Epicurus

Death does not concern us, because as long as we exist, death is not here. And when it does come, we no longer exist. - Epicuro.



O que fariamos se tivessemos a Morte em todas as nossas decisões? Tê-la, não como um peso angustiante mas sim uma calma certeza, sabendo que não a teríamos de viver pois quando ela chegar nós já não estaremos.

Começo pela morte para chegar à felicidade. Epicuro fez o mesmo caminho e dedicou a sua vida de filosofo à felicidade. A sua linha de pensamento é, para mim, adorável. Para Epicuro, «o bem - a joy - reside no prazer». Não no prazer imoral ou irrealizável, mas, como diz o próprio, no «prazer sábio», como a amizade e fazer o bem.

«Joy» é a soma do prazer com a tranquilidade. Esta frase é tão bonita. Felicidade é a soma do prazer com a tranquilidade e todas as certezas são actos de fé. Infeliz de quem tem dois caminhos onde um é Prazer sem tranquilidade e o outro é Tranquilidade sem Prazer.

A certeza, essa, vem da alma. É preciso confiar na «sensação pura» que a alma sente. Para sentir certeza é preciso confiar no impulso da alma, é preciso "cair" como o Seth caiu, quando abraçou o amor. A certeza é um salto.

"Felicidade é a soma do prazer com a tranquilidade". Tão simples, tão forte.

Se a Morte andasse conosco, arrumadinha numa caixinha bonita, em cada beijo sentiriamos mais amor nos lábios que beijamos, mais calor na lingua que sentimos e mais desejo na pele que descobrimos pois todos os toques saberiam a gelado de avelã crocante. E, sim, o tempo seria diferente. Os segundos passariam mais devagar e cada sussurro meu seria um arrepio teu.

Vivemos como se nunca fossemos morrer. Mais, vivemos como se nos fosse dada a divina certeza de que não vamos morrer amanhã. Que o nosso destino é o de morrer velhinhos, realizados, com um pôr-do-sol num domingo de Outono. Outono, sim... Nunca ninguém imagina morrer na Primavera.


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