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Se morrer repentinamente

Se morrer repentinamente, o que quero que saibam: Que fui apaixonado. Apaixonado por tudo. Pelos momentos mais simples e pelos mais complexos. Que adorava viver e que era feliz. Que vivia todos os momentos de uma forma muito própria. Quando estava presente, estava mesmo presente. Quando não estava, estaria presente noutro lado. O que mais gostava de fazer era estar com pessoas. Adorava os meus amigos e considerava-me leal aos princípios que eu valorizava. Se morrer cedo e repentinamente chatear-me-ia que a vida continuasse. Gostava que a minha falta fosse sentida. Vivo para que, quando morrer, a minha falta seja sentida. Todos os momentos são importantes. Não gostava de perder tempo com coisas que (...) Gostava de ler as pessoas. De perceber o que havia além do que nos mostram. Gostava de conversas com curvas e contra-curvas. Adorava o Sporting. Que gostava muito de poucas pessoas e que o seu amor maior era o meu irmão. Saibam que ia ter muitas saudades de estar vivo. Acima de tudo sau

Death & Joy - Helped by Epicurus

Death does not concern us, because as long as we exist, death is not here. And when it does come, we no longer exist. - Epicuro. O que fariamos se tivessemos a Morte em todas as nossas decisões? Tê-la, não como um peso angustiante mas sim uma calma certeza, sabendo que não a teríamos de viver pois quando ela chegar nós já não estaremos. Começo pela morte para chegar à felicidade. Epicuro fez o mesmo caminho e dedicou a sua vida de filosofo à felicidade. A sua linha de pensamento é, para mim, adorável. Para Epicuro, «o bem - a joy - reside no prazer». Não no prazer imoral ou irrealizável, mas, como diz o próprio, no «prazer sábio», como a amizade e fazer o bem. «Joy» é a soma do prazer com a tranquilidade. Esta frase é tão bonita. Felicidade é a soma do prazer com a tranquilidade e todas as certezas são actos de fé. Infeliz de quem tem dois caminhos onde um é Prazer sem tranquilidade e o outro é Tranquilidade sem Prazer. A certeza, essa, vem da alma. É preciso confiar n

"I Dream, I Smile. I Walk, I Cry."

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Tem sofrimento no timbre e tanto amor nas palavras.
A ideia de ilusão. Ao início é uma vontade incontrolada. É vontade que faz arriscar. Ir sem medos porque sou o topo de mim. Ilusão é ser topo de nada. A ilusão não dói quando um para-quedas não abre. A ilusão destrói quando batemos no chão. A ilusão começa com um sonho. O sonho começa sempre antes do início.
"Tu gostas de ti?" Perguntou-me no que poderia chamar de pergunta espelhada. No fundo, penso que o que queria era "bater umas bolas" sobre o tema, como se faz no Tênis. Ela Perguntava. Eu respondia. Eu perguntava. Ela respondia. Eu disse que sim à pergunta que me fez. "Eu gosto de mim". O "set" acabou e mudamos de assunto mas a pergunta ficou-me, como que aquela última bola de tênis que nunca pára de saltitar. Talvez não goste tanto como pense. Talvez goste da ideia que tenho de mim. Talvez ignore a parte mais sombria, pesada e escondida. Daí que me iluda com a imagem que criei. Preciso de uma coragem superior que me faça encarar de frente os meus fracassos, visíveis aos olhos de todos. Vejo que me confronto tão poucas vezes. Estou tão pouco tempo com o pior de mim que parece que não me faço mal. Consigo criar um mundo paralelo quase tão perfeito onde tudo está no seu lugar, na sua posição, porção e onde tudo faz sentido. Enquanto is
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Qual o lugar dos loucos?
A percepção da morte quase que me mata por si só. A noção de fim corrói-me até ao mais íntimo de mim. talvez por adorar viver e por sentir que isto de viver todos os dias vale muito a pena. É uma pena acabar um dia. Este medo que me assalta em noites que não se anunciam deixa-me intrigado. Apresenta-se pela calada, trai-me a calma e afasta-me do sono. É um medo egoísta. Muitos têm medo de ver morrer quem amam. Mais medo até que a própria morte. Eu tenho mais medo de morrer que ver morrer, com uma única excepção, que é alguém muito acima de qualquer medo ou sentimento humano. E vou seguindo neste terror inconstante. Eu Tenho medo de morrer. A noção de fim dá cabo de mim. É aqui que invejo verdadeiramente quem têm fé num deus qualquer. Esta coisa de saber que, num dia, num momento, deixarei de ser eu, deixarei de pensar, de sentir, de viver é um tormento. Não sei lidar com esta falha arrogante que o ser humano tem. O aperto começa com o pensamento a desviar-se um segundo a pen